Autor: Alberto Grimm[1]
Publicado: 27 de Julho de 2024
E sendo uma pessoa normal, certamente que não deseja passar esse tempo como se estivesse em um cativeiro, a desempenhar um papel que não lhe agrada, diante de situações estressantes, muitas vezes na companhia de pessoas com ideais totalmente contrários aos seus, numa espécie de martírio ou jornada penitente sem fim ou causa.
Pesquisas informais no mundo corporativo indicam que cerca de 40% dos empregados ativos se descrevem como realizados no trabalho, enquanto que quase dois terços relatam que aquele tipo de atividade profissional, apenas em algum momento de suas vidas, de fato representava uma experiência agradável.
É improvável que exista aquele trabalho 100% perfeito, mas, se você vive de olho nos fins de semana e, por reflexo, transformou seu domingo naquele dia que representa a véspera do seu calvário semanal, talvez tenha chegado a hora de avaliar a possibilidade de mudar de ares.
E o ponto mais importante nessa hora é examinar se sua frustração atual é resultado de um evento apenas temporário – seja um caso de natureza pessoal ou problema interno –, ou ao invés disso, trata-se um evidente sinal de problemas mais profundos; profundos a ponto exigir um novo começo, talvez em uma nova empresa.
Se você ainda não tem certeza se o melhor é ficar parado enquanto observa a vaca indo pro brejo ou, ao invés disso, abandona o navio, a seguir, apresentamos um Checklist que poderá ser útil para uma autoavaliação do seu caso. Supondo que se identifique com três ou mais dos itens relacionados, então pode ter certeza de que está na hora de considerar com seriedade a possibilidade de uma mudança.
Hoje em dia é uma maneira eficaz de avaliar a satisfação profissional de cada indivíduo. Funciona do seguinte modo: Você deve sentir-se razoavelmente feliz cerca de 80% do tempo em que está no trabalho ou realizando uma atividade profissional. Caso haja uma mudança significativa nesse equilíbrio e você passa a maior parte do seu tempo sentindo-se insatisfeito ou frustrado, então, isso é uma clara indicação de que algo está errado e uma grande mudança deve ser seriamente considerada como porta de saída.
Normalmente, oscilações na conjuntura econômica têm forçado diversas organizações a congelar aumentos salariais, assim como as promoções, pelo menos até que a situação financeira melhore. No entanto, uma pesquisa recente mostra que cerca de 30% dos trabalhadores não tiveram um aumento de salário nos últimos cinco anos; quer dizer, muito antes do período de recessão que as empresas alegam como fator determinante para redução dos seus custos.
Se esse for o seu caso, então a questão é examinar se sua empresa está simplesmente sem recursos ou apenas relutante em resolver sua situação; ou ainda se o problema se deve ao seu fraco desempenho profissional. De qualquer modo, é hora de enfrentar a questão de frente e brigar por um aumento salarial, mesmo que seja necessária uma eventual transferência para outra área; talvez uma mais adequada ao seu atual perfil funcional e habilidades.
No entanto, caso esteja se sentindo sobrecarregado com seu atual volume de trabalho, ou mesmo entediado com a natureza de suas obrigações corriqueiras dentro do seu cargo, ou ainda se sente como um estrangeiro em uma nação desconhecida, então a simples menção de responsabilidades adicionais vai deixá-lo ainda mais desmotivado.
Mas, caso o desejo de permanecer no cargo que exerce atualmente revele uma satisfação e concordância com seu momento dentro da empresa, então, para conseguir uma promoção ou obter o reconhecimento que considere justo você vai precisar se esforçar muito mais. Quando combinado com um sentimento de inércia ou a sensação de que está encarcerado na função errada, então é um sinal de alerta de que algo não está certo.
Examine quando foi a última vez que aprendeu algo novo em seu trabalho. Caso não seja capaz de lembrar, então é hora de colocar a massa cinzenta para trabalhar outra vez. A mudança pode ser tão boa quanto um descanso, mas nem sempre é necessário virar sua vida de cabeça para baixo para desfrutar de tais benefícios.
Outra opção é fazer um curso profissional capaz de agregar novos valores úteis requalificando sua função existente, ou até mesmo conduzi-lo a uma nova carreira capaz de incrementar o status de sua motivação.
Se você extrapolou esse limite e raramente têm uma boa palavra a dizer sobre o seu trabalho, então sua infelicidade profissional tende a contaminar as outras áreas de sua vida. Em vez de desperdiçar sua energia valiosa reclamando sobre coisas que provavelmente não pode mudar, por que não voltar a focar esse tempo em fazer algo produtivo, como, por exemplo, a aquisição de novas competências, ou mesmo a busca por um novo papel que julgue mais adequado às suas pretensões?
Eis um breve Conto:
Um homem caminhando por uma estrada deserta parou diante de uma bifurcação com duas placas que diziam: "Caminho da satisfação" e "Caminho da prosperidade". Aos pés das mesmas, sentado em uma pedra e segurando um cajado, viu um homem velho para o qual dirigiu a palavra: "Estou perdido, o Senhor saberia me dizer qual o melhor caminho a seguir?" Lhe respondeu o velho: "Sei apenas o que há em cada caminho, mas a escolha será sua. No da Satisfação a estrada é plana, ornamentada, sem obstáculos e fácil de percorrer, mas também nada encontrará no seu final. A outra é esburacada, com grotas, lamaçais, muitos obstáculos e muito difícil de percorrer, mas é lá que estão escondidos os maiores tesouros..."
Não deixe de ler também o artigo: Descubra quais são os 10 Hábitos mais irritantes durante a convivência dentro do Ambiente de Trabalho, nesse mesmo site.
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Alberto Grimm - albertogrimm@gmail.com
Publicitário e Escritor. Especialista em Psicologia do Trabalho e Relações Humanas. É também pesquisador e consultor em Recursos Humanos, Práticas Motivacionais, Educação Integral e Consciencial.
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Dicas de Educação Integral e Consciencial
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