9 Motivos pelos quais as crianças e os jovens desenvolvem a Timidez
Autores: Jon Talber e Alberto Filho[1]
Publicado: 06 de Agosto de 2024
Orientações objetivas em forma de reflexões e meditações, onde o papel dos pais é avaliado, quando o assunto é a difusão dos meios condicionadores responsáveis pela construção e consolidação do comportamento de uma Criança Tímida...
"Você sabia que a maioria das psicopatologias infantis são criadas, nutridas e recicladas dentro de nossa própria casa?"
"Imagine que uma criança tem o potencial para ser qualquer coisa, inclusive fazer a diferença que não fizemos..."
Examinando o processo da Timidez com olhos imparciais ...
A timidez é acima de tudo um aprendizado, uma forma de condicionamento, um estado de comportamento artificial criado por nós, a exemplo de qualquer outro hábito.
E há o temperamento natural de uma criança. Trata-se de sua predisposição inata para se identificar com algumas coisas ou preferências e rejeitar outras. E no final das contas, a influência de sua mesologia vai exercer um papel importante no direcionamento de vários aspectos do seu temperamento, potencializando alguns traços comportamentais e sufocando ou atrofiando outros.
Por exemplo, uma criança de temperamento extrovertido, permanecerá assim se encontrar em seu meio de convívio as condições que apóiem essa característica ou traço oculto de sua personalidade. Por isso existem as crianças extrovertidas que são tímidas quando estão fora do seu meio de convivência. E há também o inverso, crianças mais recatadas que são extrovertidas e confiantes em qualquer meio. Nos dois casos, o condicionamento recebido fez a diferença.
Muitas vezes, crianças consideradas tímidas na verdade não o são, e apenas estão demonstrando o aspecto pacato do seu temperamento. Mas de tanto ouvir dos outros que é tímida, acabará aceitando o rótulo e passará a incorporar publicamente os caracteres que personificam os indivíduos portadores desse tipo de postura.
Com frequência nos chegam as crianças tímidas. Não porque assim nasceram, mas porque foram fabricadas, criadas até de maneira involuntária, uma vez que bem poucos no papel de pais e educadores conhecem as regras que enumeramos mais adiante. São quesitos simples, facilmente comprováveis e perceptíveis em qualquer nível de convívio social.
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Evidentemente que a lista servirá apenas como um prático guia para nos conscientizarmos das causas. Mas, não estão listadas todas, apenas algumas. E talvez até sirvam como orientação ou alerta para os pais reciclarem velhos paradigmas e hábitos posturais responsáveis pela criação de psicopatologias dessa natureza em seus filhos.
E por último, o temperamento das crianças deve ser estudado desde a primeira infância. Se bem avaliadas nesse quesito, podemos descobrir qual a melhor forma de orientá-las, e tudo isso de acordo com suas predisposições inatas, o que potencializará seu aprendizado, nível de inteligência e qualidade cognitiva.
Eis, portanto, o modo Como é construído o perfil comportamental de uma criança tímida. Nesse caso, você vai aprender quais são as nove regras preliminares mais comuns, e que, evidentemente, nunca deverão ser praticadas dentro de casa.
Eis as Regras que normalmente são usadas para a construção das personalidades das novas crianças tímidas. A partir da conscientização, nosso papel será deixar de aplicá-las em nosso dia a dia...
- Sempre compare sua criança com a criança do vizinho, ou do seu amigo, ou com seu irmão, especialmente quando o motivo da comparação é uma habilidade, dote intelectual ou atributo físico que a mesma não possui.
- Cubra-a de elogios por qualquer motivo, de modo que cresça ofuscada pelo excesso de mimos e caprichos caseiros, ocultando assim seus defeitos pessoais e Hábitos Patológicos. Depois de crescida ela ficará surpresa com as críticas do mundo lá fora, sem compreender os motivos, já que nunca lhe informaram dentro de casa.
- Revele, diante dos seus colegas, mesmo em tom de brincadeira, situações que lhe sejam embaraçosas, especialmente aquelas pequenas manias que ela tenta esconder de todos. Pode ser também suas pequenas preferências, que antes eram apenas segredos caseiros. Mas antes, saiba que isso a fará sentir-se oprimida, envergonhada, com a autoestima e autoconfiança reduzida diante dos amigos.
- Obrigue-a a comportar-se de modo contrário às suas predisposições naturais, insinuando claramente que as nuances do seu comportamento ou traços mais visíveis de sua personalidade atual não têm valor. Doravante ela sentir-se-á uma anomalia diante das outras crianças.
- Defina a beleza estética como uma obrigação. Assim, diante do espelho, ao se comparar com o padrão de beleza eleito pela sociedade, ao sentir-se na impossibilidade de imitá-lo, acreditará que é um traste; um experimento somático defeituoso ou uma aberração digna de ser rejeitada pelo mundo.
- Ignore seus talentos naturais, especialmente ao exaltar as qualidades dos outros sempre tomando como referência os mais hábeis, os vencedores, ou aqueles ícones especialmente construídos para o mercado das aparências; personagens fabricados com o propósito de povoar o circo midiático criado para fisgar tolos.
- Deixe-a embaraçada na frente dos amigos ou convidados, por meio de comentários jocosos, ressaltando seu modo de vestir, o andar, a fala, seus gostos pessoais e cacoetes. Desse modo ela tenderá à reclusão e sentirá vergonha de se expressar ou exibir-se publicamente; terá uma acentuada inclinação para acreditar tratar-se da encarnação de uma anomalia diante de um mundo de indivíduos perfeitos.
- Menospreze suas opiniões, mesmo sabendo que uma criança ainda carece de experiência para tê-las com coesão. Ressalte as opiniões daqueles que sabem tudo, especialmente as crianças superdotadas, aquelas consideradas gênios, ou ainda as mais velhas, assim, doravante, ela sentir-se-á naturalmente insegura, temerosa de fazer qualquer tipo de comentário, dar opiniões ou tomar iniciativas, seja na sua presença ou diante de estranhos.
- Esconda-lhe ou ignore suas limitações e suavize suas falhas, assim, ao entrar em contato com o mundo real, longe do seguro ambiente do lar, local onde se sente importante e tem valor, quando suas fraquezas e defeitos serão expostos publicamente, sentir-se-á humilhada e fraca. E sem saber como lidar com a aquela verdade óbvia, que sempre foi maquiada dentro de casa, não terá forças para reagir.
Agindo desta forma, com certeza, em pouco tempo, terá diante de si uma criança ou jovem capaz de temer até a própria sombra.
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Notas:
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Jon Talber - jontalber@gmail.com
É Pedagogo, Antropólogo e autor especializado em Educação Integral e Consciencial. É especialista nas filosofias orientais e pesquisador dos comportamentos sociais das muitas culturas do mundo, seus sistemas educativos, doutrinas, dogmas, mitos, etc. Torna-se mais um colaborador voluntário do nosso Site.
O autor não possui Website, Blog ou página pessoal em nenhuma Rede Social.
Alberto Filho - albfilho@gmail.com
O autor é Consultor pedagógico, Educador do ensino fundamental e médio, educação de adultos, educação Integral e é também escritor de contos infantis, juvenis e adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.
Mais artigos dos autores em: https://www.sitededicas.com.br/holistica_index.htm